A Lei dos Direitos Civis, promulgado em 9 de setembro de 1957, é uma legislação federal dos Estados Unidos, a primeira legislação de direitos civis promulgada pelo Congresso dos Estados Unidos desde a Reconstrução,[1] após a Guerra de Secessão.
Após a histórica decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos no caso Brown vs Board (1955), que eventualmente levou à integração de escolas públicas, os brancos do sul da Virgínia começaram uma "resistência em massa". A violência contra os negros subiu na região e em outros estados, como em Little Rock, Arkansas, onde esse ano o presidente Dwight D. Eisenhower destacou as tropas federais para proteger nove crianças de uma escola pública, essa foi a primeira vez que o governo federal enviou tropas para a do Sul desde a Reconstrução. Continuaram as agressões físicas contra ativistas suspeitos e ataques a escolas e igrejas no sul. O governo de Eisenhower propôs então uma legislação para proteger o direito de voto por afro-americanos.
O senador Strom Thurmond da Carolina do Sul, um segregacionista ardente, usou de um artifício conhecido pelos americanos como ‘’Filibuster’’,[2] onde o parlamentar estende o debate sobre uma determinada lei com o único objetivo de obstruir sua votação, evitando desta forma que o projeto de lei fosse efetivamente aprovado. Sua obstrução durou 24 horas e 18 minutos, ele começou com a leitura das leis eleitorais de todos os estados americanos em ordem alfabética. Thurmond depois leu a Declaração da Independência, a Declaração de Direitos, e a Carta de Despedida de George Washington. Seu discurso estabeleceu o recorde para uma obstrução no Senado. O projeto de lei aprovado pela Câmara com uma votação de 270 a 97 e no Senado por 60 a 15. O Presidente Eisenhower assinou a lei em 9 de setembro de 1957.